13 de Outubro de 2019, um Domingo solarengo de Outono, 14 graus e um vento fresco que tenta arrancar as folhas amarelas e ruivas das árvores que, teimosamente, ainda estão agarradas aos ramos mas que não vão ganhar a batalha com o Inverno que se aproxima a passos largos.
É dia de eleições para o Sejm polaco (parlamento), provavelmente as eleições mais significativas desde aquelas que deram a este país na Europa Central a Democracia em 1989.
Mais do que uma eleição este dia é uma batalha eleitoral não pela derrota do PiS (Verdade & Justiça) de Kaczyński que praticamente é inevitável mas para impedir o partido no poder de obter maioria absoluta.
Mais do que uma eleição este dia é uma batalha eleitoral não pela derrota do PiS (Verdade & Justiça) de Kaczyński que praticamente é inevitável mas para impedir o partido no poder de obter maioria absoluta.
A oposição mais forte vem do PO (Plataforma do Cidadão) de Donald Tusk seguido do partido de Esquerda SLD (Aliança Democrática de Esquerda), disputam também estas eleições o partido dos Verdes com a possibilidade de elegerem pela primeira vez um deputado numa Polónia onde o carvão - e o seu loby - é Rei e ainda partidos de cariz nacionalista e xenófobo como o de KORWiN (Coligação para a Renovação da República).
As sondagens dão o PiS como o grande vencedor com uma forte possibilidade de obter maioria absoluta enquanto a oposição, nomeadamente o PO, se situa entre os 22 a 24% das intenções de voto.
Os benefícios atribuídos pelo PiS, nos últimos quatro anos, como o programa de subsídio para crianças - 500+, o 300+ ou Dobry Start de apoio financeiro para o início do ano escolar para todas as famílias e estudantes, livros escolares gratuitos e isenção de impostos para jovens até aos 23 anos têm um peso importante nesta vitória aliado ao discurso - apelidado de populista pela oposição e imprensa estrangeira - a apelar aos valores enraizados em grande parte dos polacos como aqueles defendidos pela Igreja Católica, a preservação das famílias cristãs, o patrotismo e a luta pela identidade nacional contra uma União Europeia manifestamente desagradada com o rumo político do PiS (comandada pela Alemanha) e ideias tidas por este partido conservador como progressistas estrangeiras que defendem a diversidade e a inclusão de grupos como a comunidade LGBT+ e a aceitação de refugiados de fé islâmica provenientes de zonas de guerra no Oriente Médio.
A contagem dos votos termina hoje às 21 horas (20 horas em Portugal) sendo o apuro final contabilizado na Segunda-Feira.
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