Nos tempos em que morava lá em Portugal não me recordo de tocar, uma vez que fosse, na haste dos limpa-para-brisas e tampouco regular a chauffage do automóvel um pouco para lá da zona de vento frio. Aqui na Polónia, em pleno Verão, dou por mim a fazer vida de Outono e a usar um blusão assim que o sol se põe.
Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=14181815 |
Este Julho tem sido, no mínimo, anedótico - no que diz respeito ao Verão. Raining cats and dogs (como dizem os ingleses) e temperaturas que convidam a fazer um magusto com palhete. O problema mesmo é que não há castanhas nem palhete e estamos no Verão... Do mesmo modo não me recordo de conduzir numa cheia depois de uma verdadeira tempestade tropical.
Nessa tarde tive de sair uma hora mais cedo para ir buscar o filho ao infantário. No curto trajecto da porta da empresa ao parque de estacionamento fiquei completamente ensopado, como se debaixo do chuveiro e mais adiante quando tive a ideia de retirar a caixa do filtro do ar (evita que entre água para o colector de admissão o que arruína o motor) um "polaco voador" ao volante de um Skoda Octavia levantou uma onda tal que tomei o segundo banho. O percurso que normalmente demora meia hora foi feito no dobro do tempo e o caos estava instalado em Łódź.
O Verão aqui só se for o verão, do verbo ver...
Um preto de cabeleira loira ou um branco de carapinha não é natural...
O que é natural e fica bem e cada um usar o cabelo com que nasceu! Assim era, nos idos de sessenta e setenta, o slogan do spot publicitário ao Restaurador Olex. E assim deveria ser no século XXI.
Isto vem a propósito de alguns factos curiosos que têm acontecido. O primeiro é que a minha mulher tem reflexos de ruivo. Basta de colorações e químicos no couro cabeludo, o original é que fica bem e neste caso não me importo nada, antes pelo contrário... As mulheres passam anos, por vezes décadas, a pintarem os cabelos, a deixarem químicos entrarem na corrente sanguínea e no final de contas nem era realmente necessário...
Depois também reparei na filha do polícia que mora lá ao lado... tão bonitinha e loira aparece-me de um dia para o outro pintada de preto, de repente parece uma das ciganas que viviam lá no bairro dos ciganos ao lado da estação de caminhos de ferro de Famalicão, ou aquela colega de trabalho que é ruiva mas tem vergonha porque as mulheres ruivas têm fama de serem velhacas portanto toca a pintar a cabeleira...
O mesmo com tantas outras que pintam os cabelos de preto e esquecem as sobrancelhas de cor clara. Um pouco o inverso do que vemos em Portugal, as "loiras" de sobrancelha e pelos púbicos escuros... |
Afinal o Restaurador Olex é que tinha razão. Punha os pontos nos i e ninguém se ofendia com o preto de cabeleira loira e o branco de carapinha enquanto dizia que o natural é cada um usar o cabelo com que nasceu.
Ámen!
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