domingo, 6 de março de 2011

Portugal rumo à Europa Central

 Os negócios de empresas portuguesas na Polónia parecem ir de vento em popa. O Grupo Jerónimo Martins e a Mota-Engil acumulam sucessos e anunciam novidades, entre as quais um novo negócio a ser anunciado em Maio do corrente ano. 

A juntar ao frutífero negócio das cadeias de lojas Biedronka a Jerónimo Martins diversifica com a abertura de farmácias. Na inauguração da 1000ª Biedronka foi anunciada a criação de farmácias junto aos supermercados. Um negócio que, no meu ponto de vista, poderá ser um sucesso. Quem aqui vive sabe bem que a Polónia é o país dos medicamentos e os polacos são avidos consumidores dos mesmos com a vantagem de podermos comprar medicamentos avulso, o que é um alivio para a carteira.

Polapiryna, Gripex, Ibuprom MAX, Nurofen Forte e Febrisan são nomes de medicamentos conhecidos e anunciados nos meios de comunicação social. A Polapiryna é a Aspirina Made in Poland, foi um dos primeiros medicamentos polacos que tomei na altura em que era estudante Erasmus. 
Entretanto os anos passaram e as vulgares Apteka (Farmácia em polaco) deram lugar a grupos empresariais que formam franchisings de farmácias, como por exemplo a Apetka Magyczna, ou grupos de farmácias locais e regionais. O Grupo Jerónimo Martins aposta bem, não só pelas características particulares do mercado como também pelo contacto que vai encetar com a industria farmacêutica polaca e portuguesa. Será esta acção um "Cavalo de Troia" português ou em contrapartida um meio das nossas farmacêuticas irem a reboque do Grupo Jerónimo Martins e instalarem-se num país onde os custos de produção e salariais são bem menores? O tempo o dirá, pela parte que me toca evitarei medicamentos e procurarei antes de mais tratamentos naturais...

A Mota-Engil continuará a construir auto-estradas e a pavimentar a Europa Central; países onde a necessidade de boas infraestruturas rodoviárias é urgente.

 


JM lança "novo negócio" na Polónia em Maio
18 Fevereiro 2011 | 16:31 Isabel  Aveiro - ia@negocios.pt

Grupo tem hoje 1.673 lojas e 26 farmácias no mercado polaco.














O grupo de distribuição Jerónimo Martins, que hoje apresentou os resultados relativos ao ano fiscal de 2010, vai lançar em Maio próximo um “novo negócio” na Polónia, avançou a administração da “holding”.
Sem avançar em que tipo de actividade irá a JM irá expandir o seu negócio polaco em meados deste ano – "é um projecto novo, mantemo-lo confidencial" – a administração reiterou hoje de manhã, em conferência de imprensa, a importância crescente daquele mercado do leste europeu.

Além de ser já 55,3% das vendas consolidadas (4,8 mil milhões de euros) e 60% do EBITDA (391,6 milhões de euros) do grupo, a Polónia representa um “país de muitas oportunidades” para a JM.


"Procuramos novos negócios", num mercado onde "somos líderes" e onde "não vamos dar hipóteses nenhuma ao nº2", que factura metade do que a JM realizou em 2010 naquele mercado, explicou hoje Pedro Soares dos Santos, presidente executivo da "holding" aos jornalistas.

Rede de farmácias


Além dos quase 1.673 supermercados Biedronka com que a JM fechou o último exercício fiscal, a companhia tem agora 26 farmácias naquele mercado, contabilizou Pedro Soares dos Santos.


Um número que deverá passar para "30 [farmácias] em Março", avançou hoje o CEO da companhia, recordando contudo que este é um "negócio novo e muito regulamentado".


Ainda assim, sublinhou: "pensamos que podemos criar uma grande cadeia [de farmácias] sem cometer erros".

A área de retalho farmacêutico está a ser desenvolvida pela JM na Polónia há cerca de três anos, em parceria com a Associação Nacional de Farmácias portuguesa.

Mota-Engil ganha obra de 157,5 milhões na Polónia

Nuno Miguel Silva  
02/03/11 19:35
A construtora liderada por Jorge Coelho aumentou em cerca de 98 milhões de euros  carteira de obras que detém na Polónia.
A construtora liderada por Jorge Coelho aumentou em cerca de 98 milhões de euros carteira de obras que detém na Polónia.
A Mota-Engil ganhou mais uma empreitada na Polónia, no valor de 157,5 milhões de euros.
O contrato será assinado hoje e respeita à construção de uma obra rodoviária para uma secção de uma via rápida, a S17, entre Kurow e Bogucin.
Este troço integra-se na ligação de Lublin à capital polaca, Varsóvia, e compreende uma extensão de 24,5 quilómetros.

A obra será executada em consórcio, no qual a Mota-Engil Central Europe, com uma posição de 62%, será líder. Desta forma, o grupo liderado por António e Jorge Coelho aumentou em cerca de 98 milhões de euros (valor com IVA incluído) a carteira de obras que detém neste mercado da Europa Central.

Foi a delegação de Lublin da Direcção-Geral de Estradas e Auto-estradas da Polónia, um organismo governamental, a adjudicar esta empreitada.

Este empreendimento terá um prazo de execução de 24 meses, pelo que deverá estar concluído no primeiro semestre de 2013.

A obra em apreço tem um preço mais elevado em relação à sua relativamente curta extensão, uma vez que inclui a construção de quatro pontes, 14 viadutos, 23 passagens para animais, duas passagens agrícolas e 18 passagens hidráulicas, num total de 61 obras de arte.

"Com a presente adjudicação, a Mota-Engil Central Europe continua a afirmar-se de forma crescente na construção de infra-estruturas rodoviárias na Polónia, detendo uma carteira que supera os 500milkhõesde euros, assumindo-se hoje como uma empresa de referência no mercado polaco da construção", sublinha um comunicado da Mota-Engil.

A Mota-Engil está presente na Polónia e nos outros países da Europa Central desde 1997. O grupo reorganizou a sua presença nesta área geográfica a partir de 2009, tendo criado a Mota-Engil Central Europe, que é agora a plataforma de actuação para o conjunto de países da Europa Central em que o grupo está presente e onde tem interesses.
Na sessão de hoje as acções da Mota-Engil desceram 0,75% para 1,98 euros.

5 comentários:

Geraldo Geraldes disse...

É sempre bom ler notícias destas. Realmente, a Jerónimo Martins ainda tem espaço de progressão e quem sabe um dia chegue às 3000 Biedronkas, mas já se pode dizer que está numa fase de cruzeiro. Mas é bom que não se esqueça, que nos primeiros anos quando arriscaram e foram para a Polónia, a adaptação foi dura e andaram a apanhar bonés e houve estratégias que falharam.
A Mota-Engil não tem nem pouco mais ou menos uma posição similar. Enquanto a Biedronka dá na pá ao Lidl ou Tesco, a Mota-Engil debate-se com concorrentes como uma Ferrovial, Skanska ou Strabag. Espero que consigam continuar a ganhar mais obras no Sul da Polónia. E mais importante ainda, que não haja bronca nos recebimento! Estórias não faltam

zekarlos disse...

É bom saber isso, o meu futuro e o da minha namorada ainda é incerto e poderá passar pela Polónia. Como farmacêutico, será mais uma hipótese de emprego na Polónia.
Quanto aos Biedronka, a ideia que a Kasia tem é que são supermercados de muito baixa qualidade, onde só quem não tem possibilidades se abastece. Ainda continua assim?
Obrigado

Ricardo disse...

Não aprecio particularmente as lojas Biedronka e raramente faço compras nas mesmas. Produtos portugueses são poucos e só os vinhos parecem ser em conta, depois, ainda por cima, só permitem pagamentos a dinheiro, nada de "plastic money", francamente...

Em relação aos Biedronka servirem gente com poucas posses parece-me relativo pois o Lidl e mesmo o Tesco têm preços semelhantes em muitos produtos. Muito sinceramente de todos os supermercados o que mais gosto são os Piotr & Pawel apesar de serem mais caros que a generalidade da concorrência.

Ryan disse...

Infelizmente estas empresas Portuguesas na Polonia parecem nao estar voltados para receber tugas vindos de Portugal. Compreendo pelo facto de terem de lidar com o mercado local e precisarem de gente do local. Mas uma certa abertura nao faria mal a ninguem penso eu. Boa sorte ao Jeronimo e aos outros. Muitos deles alimentados por aqueles que em Portugal pagam impostos e sao honestos nos mesmos...

Ricardo disse...

@ Ryan. Pelo que me dizem os "deslocalizados" de certas corporações portuguesas são uns cagões. Não sei se é verdade ou não pois nunca tive o prazer ou desprazer de me cruzar com tais celebridades. Não me admiraria portanto se fosse a lei da cunha a funcionar.