A cada ano que passa mais um cai, a luta parece não dar tréguas e consta que só um português, lá dos Algarves - qual aldeia do Astérix - que continua a ser o ultimo reduto da independência e a segurar o estandarte dos "tugas" (solteiros e bons rapazes) na Polónia.
Um amigo português casou no passado Sábado, mais um casamento luso-polaco. Como a maior parte destes casamentos entre portugueses e polacas a cerimónia teve lugar numa igreja católica apostólica romana. No caso em questão foi uma decisão comum ao casal por uma questão de fé. Há portugueses que exprimem a sua fé através da Igreja de Roma e vivem a mesma com convicção e alegria, na realidade Portugal é um país de católicos e nesse aspecto não há nenhum choque cultural no que a religião diz respeito.
Um amigo português casou no passado Sábado, mais um casamento luso-polaco. Como a maior parte destes casamentos entre portugueses e polacas a cerimónia teve lugar numa igreja católica apostólica romana. No caso em questão foi uma decisão comum ao casal por uma questão de fé. Há portugueses que exprimem a sua fé através da Igreja de Roma e vivem a mesma com convicção e alegria, na realidade Portugal é um país de católicos e nesse aspecto não há nenhum choque cultural no que a religião diz respeito.
Já é o terceiro casamento a que assisto entre um português e uma polaca, todos foram em Łódź e todos religiosos. O único a que fui no civil foi o meu próprio casamento. Comum a todos a notória diferença entre os convidados portugueses e os polacos. Distinguem-se a milhas os dois tipos de povos e torna-se algo estranho começarmos a ouvir uma língua familiar no meio do polaco a que nós, os emigrantes, estamos tão habituados a ouvir e a falar diariamente. Esse idioma estrangeiro soa algo baixo, parece que falam em surdina mas, basta uns segundos, para percebermos tudo o que dizem. Afinal trata-se da nossa língua materna.
Os portugueses são, regra geral, mais baixos que a maioria dos polacos, sobretudo as gerações mais velhas. A cor dos cabelos e da pele, os olhos castanhos, as sobrancelhas grossas e o modo de vestir difere. Os polacos são as cabeças loiras numa das alas da igreja e os portugueses as cabeças escuras na outra. Os sapatos bicudos, estilo Aladino, e as gravatas bizarras são os polacos, os sapatos de biqueira redonda e as gravatas clássicas costumam ser a marca dos portugueses. Durante a cerimónia também se nota como os lusos não conseguem acompanhar o padre havendo sempre um atraso de alguns segundos na hora de se ajoelharem, benzerem-se ou baixarem a cabeça quando o padre levanta o cálice durante a Eucaristia. Tampouco sabem que se está a rezar o Pai Nosso tal a diferença entre os dois idiomas.
No entanto é sobretudo no Copo d'Água ou Wesela que as diferenças se acentuam e onde sobressaem as características de portugueses e polacos e também o que temos em comum.
Diga-se en passant que é notório também o deslumbre de alguns nacionais quando se apercebem da beleza da mulher polaca. Por outro lado, as portuguesas, apercebem-se que não é só "mito" e os polacos, em contrapartida, parecem não oferecem os mesmos atributos ou deslumbre que as polacas...
Este casamento teve uma vertente multi-cultural interessante. Além dos portugueses e polacos estavam brasileiros, um holandês e um espanhol que também têm em comum com muitos outros terem vindo "a reboque" para a Polónia com uma polaca. Ficamos a pensar como será a Europa daqui a algumas décadas com a quantidade de crianças com nomes maternos terminados em "wski".
Os hábitos de bebida são a primeira cisão nas duas culturas. Nas mesas o vinho tinto português jorrava nos copos dos portugueses, dos brasileiros, do holandês (que merecia por si próprio um artigo neste blogue) e no espanhol enquanto os polacos abriam as primeiras garrafas de vodka e preparavam os cálices. Apesar de já ter quase dez anos de Polónia, de ter bebido inúmeras vezes com polacos e de os ver beber ainda me impressiona o modo como alguns deles conseguem sorver vodka como se fosse sumo e de seguida conseguirem levantarem-se e dançarem sem caírem redondos na pista de dança! Outra das cisões é o facto de os polacos (ou das polacas?) estarem aparentemente mais inclinados para um pezinho de dança do que os portugueses que preferem a "amena cavaqueira" e a risada.
A língua inglesa como de costume quebra a barreira linguística e quem não a aprendeu compreende rapidamente que sem essa "ferramenta" perde-se muito e não se vai longe quando nos encontramos no estrangeiro, especialmente na Polónia.
Love, Amor, Liebe, Amour, Miłość. Não tem fronteiras nem nacionalidades. Felicidades!
No entanto é sobretudo no Copo d'Água ou Wesela que as diferenças se acentuam e onde sobressaem as características de portugueses e polacos e também o que temos em comum.
Diga-se en passant que é notório também o deslumbre de alguns nacionais quando se apercebem da beleza da mulher polaca. Por outro lado, as portuguesas, apercebem-se que não é só "mito" e os polacos, em contrapartida, parecem não oferecem os mesmos atributos ou deslumbre que as polacas...
Este casamento teve uma vertente multi-cultural interessante. Além dos portugueses e polacos estavam brasileiros, um holandês e um espanhol que também têm em comum com muitos outros terem vindo "a reboque" para a Polónia com uma polaca. Ficamos a pensar como será a Europa daqui a algumas décadas com a quantidade de crianças com nomes maternos terminados em "wski".
Os hábitos de bebida são a primeira cisão nas duas culturas. Nas mesas o vinho tinto português jorrava nos copos dos portugueses, dos brasileiros, do holandês (que merecia por si próprio um artigo neste blogue) e no espanhol enquanto os polacos abriam as primeiras garrafas de vodka e preparavam os cálices. Apesar de já ter quase dez anos de Polónia, de ter bebido inúmeras vezes com polacos e de os ver beber ainda me impressiona o modo como alguns deles conseguem sorver vodka como se fosse sumo e de seguida conseguirem levantarem-se e dançarem sem caírem redondos na pista de dança! Outra das cisões é o facto de os polacos (ou das polacas?) estarem aparentemente mais inclinados para um pezinho de dança do que os portugueses que preferem a "amena cavaqueira" e a risada.
A língua inglesa como de costume quebra a barreira linguística e quem não a aprendeu compreende rapidamente que sem essa "ferramenta" perde-se muito e não se vai longe quando nos encontramos no estrangeiro, especialmente na Polónia.
Love, Amor, Liebe, Amour, Miłość. Não tem fronteiras nem nacionalidades. Felicidades!
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