Sempre me fez imensa confusão como é possível que um país como a Polónia que foi invadido, ocupado, dividido, destruído, saqueado e vítima de políticas de extermínio, tenha alguém de nacionalidade polaca, membro de partidos de extrema-direita com inspiração Nazi.
Mais grave do que isso é ainda terem a distinta lata de saírem à rua, num dos feriados nacionais mais importantes do país (o 11 de Novembro ou Dia da Independência), e partirem tudo o que encontram pela frente...
Foi assim há uns dias atrás, no curioso dia 11.11.11. Em Łódź o povo passeava na rua e fazia piqueniques enquanto o sol por aqui anda e em Varsóvia andaram à porrada nas ruas principais da capital. O feriado nacional que em polaco se diz Święto Niepodległości é palco de grandes manifestações de patriotismo e de desfiles militares que em tempos passados se assemelhavam em tudo às grandes paradas militares soviéticas. Hoje em dia é uma ocasião para as forças armadas polacas mostrarem para que servem e que estão presentes em tempos de paz.
Porrada em Varsóvia no Dia da Independência. Um dos confrontos mais violentos dos últimos anos na Polónia democrática, membro da UE e do Espaço Schengen. In: http://www.kurierlubelski.pl |
Foi assim há uns dias atrás, no curioso dia 11.11.11. Em Łódź o povo passeava na rua e fazia piqueniques enquanto o sol por aqui anda e em Varsóvia andaram à porrada nas ruas principais da capital. O feriado nacional que em polaco se diz Święto Niepodległości é palco de grandes manifestações de patriotismo e de desfiles militares que em tempos passados se assemelhavam em tudo às grandes paradas militares soviéticas. Hoje em dia é uma ocasião para as forças armadas polacas mostrarem para que servem e que estão presentes em tempos de paz.
Os confrontos (como noutras décadas - quando o homem do bigodinho ralhava ao povo alemão), são um tema recorrente e antigo. A Esquerda e a Direita nos seus extremos fazem curto-circuito e em particular após estas ultimas eleições. Nos anos 30, antes do eclodir do conflito de 1939-1945, já os anti-semitas e nacionalistas se batiam violentamente com a Esquerda. Foram ilegalizados, presos e proibidos mas emergiram durante a ocupação como colaboradores Nazi; não estavam contra o Nacional Socialismo alemão mas sim contra os judeus e os estrangeiros e não eram a favor do governo-sombra no exílio britânico. Com o armistício e os novos Estados socialistas a Polónia comunista considerou-os inimigos do Estado.
Passaram oitenta anos e no dealbar de um novo século ainda aqui andam, de mão direita levantada e convictos da sua luta e superioridade. Nestes confrontos foram detidos 210 indivíduos sendo cerca de metade cidadãos alemães. 46 manifestantes foram julgados e sentenciados e a maioria dos alemães regressaram à sua pátria.
Um exercício real para a preparação das forças especiais da polícia para o campeonato europeu de futebol em 2012 que, espera-se, decorra com normalidade e na habitual festa que é (ou deveria ser) o dito desporto-rei.
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1 comentário:
Se eles acham que isto năo anda bem văo para a Alemanha onde a Sra. Merkel quer controlar tudo. Se năo for a Sr. Merkel um qualquer sucessor aparecerá com as mesmas ideias. Agora deixem e a Polónia sossegada. Isto fez-me lembrar há uns tempos um grupo de jovens neo-nazi em Israel. Absurdo, năo é?
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