quarta-feira, 7 de julho de 2010

Polónia com novo Presidente da República



A Polónia tem um novo Presidente da República, chama-se Bronisław Komorowski. Ficou internacionalmente conhecido ao assumir a presidencia, depois do fatídico acidente de Smoleńsk, na Federação Russa. Domingo passado ganhou as eleições, em segunda volta, ao irmão gémeo do falecido Presidente Lech Kaczyńki, com uma diferença de 6%, não muito significativa, diga-se de passagem.

O partido de Komorowski, a Plataforma Cívica, é o mesmo do Primeiro-Ministro polaco (Donald Dusk) e da maioria do Sejm (Parlamento) bem como do seu Marechal. Foi um partido fundado por opositores ao Comunismo, ligados ao movimento do sindicato livre Solidariedade (Solidarność) e mostra-se como um partido liberal que, apesar deste epíteto, apresenta-se contra as uniões de facto, o aborto, os casamentos gay e também, entre outros, a liberalização dos contraceptivos femininos (legalmente a pílula só se obtém na Polónia mediante receita médica e consulta).

Este partido tem como fundadores Andrzej Olechowski, que também concorreu às presidenciais. Olechowski é um falcão da politica polaca e membro dos influentes grupos da política internacional (dita “Elite Global” em linguagem da conspiração) como o Bilderberg Club e Comissão Trilateral. Komorowski conhece estes corredores e estas pessoas. O seu partido, dito liberal, Democrata-Cristão e de centro, distingue-se do seu oponente pela aceitação de uma UE federalista e em consequência da globalização.

Komorowski é católico romano e um homem de família - pai de cinco filhos adultos. Desengane-se quem veja nele um grande oponente a Kaczyński e às políticas pró-familia e conservadoras do Lei e Justiça (Prawo I Sprawiedliwość). Na realidade a Polónia é um país eminentemente conservador e católico, aqui há pouco terreno para os homossexuais, manifestantes pró-aborto, islamitas, ateus e liberais laissez-faire.

Algumas coisas vão mudando lentamente, as gerações mais antigas vão desaparecendo e as novas parecem dividir-se entre aqueles que apresentam completa indiferença à política e outros que querem ser parte activa. Talvez tenham sido estas novas gerações que, eventualmente, impediram o ultra-conservador Kaczyński de se tornar Presidente da Polónia.

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