Pela primeira vez desde que vivo na Polónia barraram-me a entrada a um local alegando que pelo facto de ser estrangeiro não posso, só indivíduos com "polskie obywatelstwo", ou seja, com nacionalidade polaca. Pensando duas vezes tenho ideia que até é a segunda vez que me barram a entrada.
A primeira foi numa discoteca em Łódź - já lá vão sete anos - onde decorria uma festa com "gangsters" polacos e respectivas "dziewczynas" e "dziwkas"... claro que eu e o outro "portuga" que me acompanhava rimo-nos como uns perdidos quando o porteiro - um loiro de corte militar e olhos azuis claros - nos disse um rotundo NIE! Talvez tenha sido intervenção divina, naqueles tempos os "gangstá" de merda ainda iam para as discotecas munidos de taco de basebol e faca de mato...
A primeira foi numa discoteca em Łódź - já lá vão sete anos - onde decorria uma festa com "gangsters" polacos e respectivas "dziewczynas" e "dziwkas"... claro que eu e o outro "portuga" que me acompanhava rimo-nos como uns perdidos quando o porteiro - um loiro de corte militar e olhos azuis claros - nos disse um rotundo NIE! Talvez tenha sido intervenção divina, naqueles tempos os "gangstá" de merda ainda iam para as discotecas munidos de taco de basebol e faca de mato...
Desta vez foi diferente, poder entrar podia mas teria de preencher documentação, esperar a autorização da chefia e cruzar os dedos para alguém da embaixada de Portugal atender o telefone e confirmar que sou um cidadão acima de qualquer suspeita, no meu caso seria em vão pois nem sequer estou registado no consulado.
Tudo aconteceu numa rotineira visita de trabalho a uma gigantesca "elektrownia" (central eléctrica e de aquecimento) nos arredores da cidade de Konin na província da Wielkopolska.
A entrega de umas amostras e posterior diálogo com um potencial cliente revelou-se praticamente impossível.
Tudo aconteceu numa rotineira visita de trabalho a uma gigantesca "elektrownia" (central eléctrica e de aquecimento) nos arredores da cidade de Konin na província da Wielkopolska.
A entrega de umas amostras e posterior diálogo com um potencial cliente revelou-se praticamente impossível.
As centrais eléctricas na Polónia - e ao que parece em todo o mundo - são locais estratégicos e protegidos, tem toda a lógica obviamente, e não se trata de qualquer discriminação pelo facto de ser cidadão português, espanhol, norte-americano, senegalês ou argentino.
Em todas as grandes cidades e aglomerados populacionais podemos ver estes colossos a vomitarem fumo e vapor-de-água das suas gigantescas chaminés, são contudo um osso duro de roer para o governo polaco pois o carvão ainda é usado para aquecer as gigantescas caldeiras emitindo gases nocivos para a atmosfera - os três países mais poluidores são conhecidos em certos meios como o Triângulo Negro, compreendendo a Alemanha, República Checa e a Polónia.
3 comentários:
Dificilmente se pode descer mais baixo no que a ser barrado diz respeito: uma central eléctrica alimentada a carvão, junto de trabalhadores suados e mascarrados eheheh. Pior, só barrarem-te a entrada numa mina.
Calhando ainda foi um vendedor estrangeiro que provocou aquele apagão o ano passado, que deixou Szczecin sem luz por umas grandes horas.
Que ridiculo
Até um nacional pode ser um espião!
Bah......
Mas olha, que a mim tentaram barra-me a entrada num Media Markt da Polónia há uns 3 anos... Além de ser fisicamente diferente, nesse dia estava com a barba por fazer. O loiro, cabeça rapada, segurança do local, disse em Polaco, que ignorei, que não podia entrar. Respondi em inglês que tenho pressa e vou comprar o que quero comprar. O gajo ficou surpreendido e, não sabendo falar inglês, lá me deixou passar. Resumindo, com o meu ar de "cigano" não podia passar... mas como o cigano falava inglês... ah pronto!
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