quinta-feira, 14 de maio de 2009

Polónia - A Espanha do Leste Europeu



De Espanha nem bom vento nem bom casamento, assim reza o provérbio mas da Polónia parecem soprar bons ventos e bons casamentos.

A Polónia, no parecer de Basílio Horta - presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) é a Espanha da Europa de Leste, vale a pena ler o artigo do Público:


O quarto maior destino do investimento português
Empresas portuguesas unem esforços para vingar na Polónia 10.03.2008 - 08h45 Raquel de Almeida Correia

"A Polónia é a Espanha do Leste", diz Basílio Horta. O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) regressou sábado deste país, onde participou no lançamento da Câmara de Comércio Luso-Polaca, ouviu parte das 60 empresas nacionais lá instaladas e se aproximou do Governo local.
Os números comprovam: é o quarto destino em termos de investimento português e o maior em trocas comerciais, na Europa Central.

A investida começou em meados de 1990, com o grupo de distribuição Jerónimo Martins (JM), e culminou, até hoje, na criação de 60 empresas. Em 2006, a Polónia captou oito por cento do investimento português no estrangeiro, o que corresponde a 359 milhões de euros, ficando apenas atrás dos Países Baixos, da Espanha e do Brasil, com 28, 20 e 11 por cento, respectivamente, segundo o AICEP.

Uma aposta que garantiu ao capital nacional uma posição forte no país. A JM tornou-se líder em pouco mais de dez anos, com a cadeia de hard discount Biedronka. E o Millennium Bank, o banco do BCP na Polónia, atingiu, em 2007, os maiores lucros de sempre (121,8 milhões de euros).

Há, no caso polaco, uma tradição de investimento em rede, existindo muitas empresas que entram "à boleia" das já instaladas. O Millennium Bank, que hoje, de acordo com Vítor Pinto, responsável pela operação no país, "suporta financeiramente a entrada dos negócios portugueses na Polónia", recorreu aos colaboradores da JM quando quis realizar estudos para adequar a oferta ao mercado.

A construtora Mota-Engil também bateu à porta dos donos da Biedronka, tendo consultado Soares dos Santos, presidente do conselho de administração, antes de arriscar.

Hoje, esta estratégia mantém-se. A empresa de transacções electrónicas Payup, por exemplo, lançou-se, em Fevereiro, na Polónia, com a ajuda da Eurocash, grupo de distribuição português que comprou 49 por cento do seu capital e presta os seus serviços em 300 lojas. Agora, vai colocar, pela primeira vez, nas suas prateleiras produtos nacionais importados pela Atlantika, mais uma empresa portuguesa que quer vingar na Polónia.


Basílio Horta considera que "há mais a fazer" para atrair e reter capital nacional. A Câmara do Comércio, apesar de mais interessada em promover a bilateralidade, vai ajudar nesse sentido. Até Setembro, o responsável vai pressionar o Governo português para visitar a Polónia e organizar uma feira tecnológica para promover e atrair as empresas do sector. É precisamente nesta área que diz "haver mais potencial de crescimento", somando-se ainda a da construção civil e os negócios que poderão surgir com o Euro 2012, a realizar-se na Polónia e na Ucrânia.

Vítor Pinto, vice-presidente da Câmara do Comércio, está disposto a fazer "lobbying junto das autoridades locais" para facilitar a vida das empresas. Para já, vai apelar à modificação da lei de licenciamento comercial, que não permite investir em lojas de grande dimensão, e encomendar um estudo sobre o potencial das energias renováveis, sector em que dois grupos nacionais operam na Polónia - Eviva e Infusion.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322094




2 comentários:

PM Misha disse...

já o disse no meu tasco, que a comparação entre a polónia e a espanha se reduza ao âmbito empresarial. tudo o resto será comparar o olho do cu com a feira de castro verde.

Ricardo disse...

Misha

Há que dizê-lo com frontalidade. :))

312.679 Km2 da Polónia contra os 504.030 da Espanha. Portugal tem 92.345 Km2, talvez venha daí a comparação de Basílio Horta, tão só e apenas.