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sábado, 15 de novembro de 2008

Energia solar nos cortiços




O que podem ver na imagem são os prédios (mieszkania) típicos da Polónia comunista contudo com uma estrondosa diferença volvidos quase 30 anos desde que foram feitos.
Foram reconstruídos com material de isolamento exterior, pintados em cores mais claras, deixando o cinzento de outros tempos para trás, e agora até têm instalados painéis solares nos telhados.

Esta é a minha vizinhança, ou osiedla com dizem os polacos. A Polónia é um dos países da União Europeia com maior emissão de gases prejudiciais a atmosfera; a redução da poluição atmosférica foi um dos pontos que a UE exigiu que se tomassem medidas por parte do governo polaco.

Assim, graças a fundos estruturais da UE, muitos prédios na Polónia passarão a ter a água quente aquecida a energia solar, para tal são instalados nos telhados uma série de painéis que a funcionarem em conjunto auxiliam o aquecimento da água da companhia.

O objectivo principal é o de não sobrecarregar as centrais eléctricas que funcionam, em grande parte, a carvão. A Polónia é um dos países da UE com maior extracção e consumo de carvão e um dos gigantes exportadores do mesmo.

A queima de carvão é um problema sério para a Polónia. Por um lado o carvão é uma fonte de rendimento do país desde longa data e a redução do consumo implica perdas económicas consideráveis, por outro lado a poluição atmosférica é um assunto muito sério, para não dizer grave, neste país. Não é segredo (quando muito segredo de polichinelo) que os indicadores de poluição na Polónia são maus.

De acordo com fontes do InterScience Journal [1], a Polónia desde há 50 anos a esta parte tem deteriorado severamente o ambiente afectando a fauna e flora do país bem como a saúde pública.
Todos os anos são despejados entre três a quatro milhões de toneladas de gases tóxicos para a atmosfera como Dióxido de Enxofre entre outros, mais de 75% das águas do Vístula são impróprias para consumo inclusivamente consumo industrial.

Esperemos que o bom senso e sobretudo campanhas informativas modifiquem o estado das coisas.

Paraísos como os lagos e as grandes florestas polacas, onde ainda se encontra o bisonte europeu (żubr), não podem desaparecer nem ser ameaçadas por atitudes irresponsáveis daqueles que exercem o poder.

Floresta polaca de Białowieża [2]

[1] http://www3.interscience.wiley.com/journal/119279723/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0

[2] http://cicg-iccg.org/communs/Pologne/geo19park-en.htm