segunda-feira, 11 de julho de 2016

Portugal - Campeão da Europa 2016

Prova de que o futebol é de facto o desporto-rei reflecte-se no facto de que até um leigo na "bola" como o vosso escriba viveu este evento desportivo do Euro 2016 com uma enorme e crescente intensidade que culminou ontem, no histórico dia 10 de Julho, em Paris. Longe da pátria, a mais de 3500 quilómetros da família mas perto de todos os portugueses em Portugal, daqueles espalhados pelo mundo e de todos os apoiantes da nossa selecção nacional independentemente da sua nacionalidade.

Os media polacos noticiaram a vitória portuguesa de um modo algo morno criticando a actuação nacional como inferior aos bleus. Destaque na imprensa especializada para a saída inesperada de Cristiano Ronaldo, a nossa super-estrela, no jogo mais importante da sua carreira e o épico golo de Eder. Mal ou bem o "caneco" é nosso, ó...

O vendaval de emoções no Stade de France, desde a lesão e retirada de Cristiano Ronaldo até ao final "Hitchcockiano" com prolongamento e carga dos franceses no seu ultimo estertor  provam que cinco minutos podem parecer uma eternidade mas essa eternidade deu lugar a uma alegria imensurável, um momento histórico que já ninguém nos tira e que será recordado por décadas. Finalmente somos campeões da Europa em futebol!

Um momento histórico que tivemos oportunidade de viver. Pela primeira vez o nosso pequeno cantinho de Europa ganha o titulo de Campeão Europeu. 
Inevitavelmente, enquanto Cristiano Ronaldo levantava a taça e todos os apoiantes celebravam a vitoria, recordei com saudade o meu pai, Manuel Taipa, que partiu em 2003 - um verdadeiro fã de futebol e genuíno "connaiseur". Homem que recordava com extraordinário pormenor e exactidão jogos de outras décadas, resultados, tácticas, nomes de jogadores, treinadores e dirigentes.
Quem o conheceu e era também apaixonado por futebol era capaz de o ouvir horas a fio. Chegou a jogar futebol no Atlético de Luanda, onde o seu pai o meu avo Adriano Taipa) jogou também. Nascido em Amarante e levado para Angola com  apenas quatro anos foi convicto apoiante do F.C. Porto numa altura em que o clube não ganhava mas nunca desistiu dele. O seu descendente, pelo contrário, nasceu com uma "árvore-de-cames à cabeça", saiu a gostar de tudo o que tem a ver com carros (desde a infância quando estes ainda tinham para-choques cromados) o que não me impede de vibrar com o futebol nestes momentos. Ontem, na Polónia, rodeado da minha família luso-polaca, com um outro Manuel de dez anos o mano de sete e a mãe polaca, pensava como gostaria de o ter ao nosso lado e como ele reagiria a tamanha alegria que nunca chegou a ter. 

Que momento inesquecível! Obrigado aos nossos rapazes, bem hajam!






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