Sou nostálgico, gosto de recordar o passado e fazer comparações com o presente. Veio-me à memória as dificuldades que tive em pesquisar no Yahoo informações sobre Łódź, isto há bem mais de 8 anos. A Polónia ainda era um país completamente desconhecido para os portugueses. Bem: ainda o é mas nesses tempos era ainda mais.
Informações concretas sobre a cidade de Łódź eram escassas e pouco informativas e nem sequer se pensava em encontrar alguma comunidade lusa nessas longínquas paragens!
Hoje em dia não. Como dizemos lá em Portugal "somos poucos mas bons" e devagarinho vamos-nos conhecendo e travando amizade. Temos inclusivamente um fórum onde alguns se reúnem e se conhecem e os blogues de portugueses na Polónia proliferam no ciber-espaço.
Hoje em dia não. Como dizemos lá em Portugal "somos poucos mas bons" e devagarinho vamos-nos conhecendo e travando amizade. Temos inclusivamente um fórum onde alguns se reúnem e se conhecem e os blogues de portugueses na Polónia proliferam no ciber-espaço.
Hoje conheci de uma só assentada três portugueses sendo um deles um "portulaco" genuíno - meio polaco, meio português. Dois vivem na Polónia e outro está em Portugal mas com as devidas saudades da vida que aqui tinha.
Tive uma longa e agradável conversa telefónica com um patrício que se aventura nos negócios na Polónia. Originário de Lisboa o Gonçalo vai sendo um dos embaixadores dos produtos portugueses na Polónia. Em comum com outros portugueses a trabalharem neste país e a tentarem erguer negócios ficam as dificuldades inerentes à inevitável diferença cultural, a barreira linguística e a malfadada crise económica que tolhe e retarda a expansão de negócios e de ideias.
Tive uma longa e agradável conversa telefónica com um patrício que se aventura nos negócios na Polónia. Originário de Lisboa o Gonçalo vai sendo um dos embaixadores dos produtos portugueses na Polónia. Em comum com outros portugueses a trabalharem neste país e a tentarem erguer negócios ficam as dificuldades inerentes à inevitável diferença cultural, a barreira linguística e a malfadada crise económica que tolhe e retarda a expansão de negócios e de ideias.
Somos ainda uma comunidade dispersa. Dispersa mas com uma grande potencialidade de ser homogénea, somos cada vez mais e os portugueses no estrangeiro nunca viram as costas uns aos outros, assim é a nossa natureza - com as devidas excepções obviamente, mas essas não contam para nada! A maior parte - a esmagadora maioria - chega a este país de mão dada a uma polaca (a reboque como dizia o meu falecido pai) e por aqui ficam até ver...
Outros vêm estudar ou com contrato de trabalho assinado em Portugal, ainda há os que por aqui ficam a gozar a vida quando chegam à conclusão que a tal polaca não era a "tampa do tacho" e afinal até se pode trocar, por outra polaca... Também temos portuguesas, conheço poucas. Na realidade conheço-as da Internet e pouco mais.
Outros vêm estudar ou com contrato de trabalho assinado em Portugal, ainda há os que por aqui ficam a gozar a vida quando chegam à conclusão que a tal polaca não era a "tampa do tacho" e afinal até se pode trocar, por outra polaca... Também temos portuguesas, conheço poucas. Na realidade conheço-as da Internet e pouco mais.
Depois temos os PALOP e os brasileiros. Une-nos a língua e muitos hábitos culturais semelhantes, com os angolanos, cabo-verdianos, guineenses e moçambicanos é - regra geral - uma festa com grandes momentos de boa disposição e riso.
A comunidade vai crescendo, muitos dos que aqui assentaram arraiais já têm filhos, outros vão-nos fazendo aqui e ali... A Europa Central e de Leste - outrora locais impensáveis de emigração lusa - vai sendo conquistada e vai conquistando os portugueses, há muito trabalho a desenvolver, muita imagem de Portugal a trabalhar, muitos projectos a criar para nos destacarmos entre os estrangeiros na Polónia, para dar a conhecer a Polónia aos portugueses...
E já que referi sentimentos nostálgicos... escrevi há oito anos na parede de um quarto da casa onde actualmente vivo, ainda lá esta, escrito a marcador preto e quase a desaparecer, a síntese da minha Diáspora, pelas palavras de Fernando Pessoa:
Valeu a pena? Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
5 comentários:
Agora já sei de onde vem o Sumol e as lulas recheadas :D
ehehe
Sim, e o Guaraná, e o Oliveira da Serra... :)
O Oliveira da Serra é que "tá mal".
Temos que mudar isso, Ricardo :)
Ora nem mais, temos de virar uns azeiteiros... :))
"os que por aqui ficam a gozar a vida" muitas vezes levantam o chassi da cama ás 5:40 para ir bulir e só aterram em casa às 23:00, não julgues que é fácil ou pensas que são só borgas? olhe que não, olhe que não...
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